Cai a tarde, dentro e fora,
E agora, ao cair da tarde,
frio, caminho, por fora,
face estranha à tarde
que ardena hora que cai agora.
Adeus, tarde.
Vou-me embora
antes que seja mais tarde.
Não quero ser leão covarde:
quando tem dentes,
devora,quando os não tem,
geme e chora,anjo falso que se inflora
à hora em que cai a tarde.
Oh não quero!
Vou-me emboraantes que seja mais tarde.
Para quê sentir agora
se agora é a hora da tarde?
Não há nada que nos guarde,
nem defenda nem resguarde
do que na hora é outrora.
Chora, chora, chora, chora.
Não chores mais.
Vai-te embora
antes que seja mais tarde.
António Gedeão, Movimento Perpétuo - 1956
E agora, ao cair da tarde,
frio, caminho, por fora,
face estranha à tarde
que ardena hora que cai agora.
Adeus, tarde.
Vou-me embora
antes que seja mais tarde.
Não quero ser leão covarde:
quando tem dentes,
devora,quando os não tem,
geme e chora,anjo falso que se inflora
à hora em que cai a tarde.
Oh não quero!
Vou-me emboraantes que seja mais tarde.
Para quê sentir agora
se agora é a hora da tarde?
Não há nada que nos guarde,
nem defenda nem resguarde
do que na hora é outrora.
Chora, chora, chora, chora.
Não chores mais.
Vai-te embora
antes que seja mais tarde.
António Gedeão, Movimento Perpétuo - 1956
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