SE EU TE PUDESSE DIZER...O QUE NUNCA TE DIREI,TU TERIAS QUE ENTENDER,AQUILO QUE NEM EU SEI.(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

FAÇA HOJE O AMANHÃ NÃO SE SABE

EPITÁFIO


Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...
Devia ter complicado menos
Ter visto o sol se pôr...

Titãs

SEDUÇÃO


Angel,
Eu te darei meu corpo quente
em troca me darás tudo que é teu
e nesse desejo ardente
trocando nossos fluidos
serás por fim, toda minha
sentiras por fim um carinho infindo
e dentro das quatro paredes
saciaremos a fome e a nossa sede....
by Hélio

MITOLOGIA HELÊNICA


PÍRAMO E TISBE




Há muito, muito tempo atrás, as bagas profundamente vermelhas da amoreira eram brancas como a neve. A mudança de cor que se operou foi provocada por algo de bastante estranho e triste - a morte de dois jovens apaixonados.
Piramo e Tisbe viviam na Babilónia, a cidade da rainha Semíramis em casas tão juntas que uma das paredes era comum a ambas.
Cresceram assim, lado a lado e aprenderam a amar-se mutuamente. Queriam casar mas os pais não permitiam. O amor, porém, não pode ser proibído. Era impossível continuar a manter separados aqueles dois seres profundamente apaixonados.
Na tal parede que ambas as casas partilhavam havia uma fenda de que nunca ninguém se
apercebera. Os dois jovens descobriram-na e, através dela, susurravam doces palavras de amor. A odiosa barreira que os separava transformara-se no meio de comunicarem um com o outro.
Todas as manhãs, à hora em que o alvorecer apagava o brilho das estrelas e os raios do sol já tinham absorvido a geada dos campos, dirigiam-se a passo furtivo até junto da fenda e aí ficavam em doces murmúrios, umas vezes trocando palavras de amor ardente, outras lamentando a sua triste sorte.
Porém, chegou o dia em que não podiam resistir por mais tempo. Resolveram, pois, tentar esquivar-se nessa noite e atravessar a cidade às escondidas até ao campo em que finalmente podiam estar juntos sem nenhum embargo. Combinaram encontrar-se num local onde havia uma enorme amoreira, carregada de bagas brancas e perto da qual gorgolejava a fonte. O plano agradou-lhes em absoluto e esperaram até ao anoitecer.
O sol mergulhou no Oceano e as trevas envolveram a Terra. Na escuridão, Tisbe escapuliu-se de casa e no maior silêncio dirigiu-se para o local combinado. Príamo ainda não tinha chegado, não obstante Tisbe ficou à espera dele, pois o amor tornava-a audaciosa. De repente distinguiu à luz do luar uma leoa. O animal tinha morto alguém, pois trazia as patas ensanguentadas...vinda de saciar a sua sede na fonte. A jovem conseguiu por-se a salvo porque a fera se encontrava ainda a uma distância considerável. Mas ao fugir, apanhada de surpresa, deixou cair a capa. Quando a leoa regressou ao covil abocou-a e fê-la em pedaços antes de desaparecer no interior do bosque.
Quando Piramo apareceu alguns minutos depois, diante dele, na obscuridade, os farrapos ensanguentados da capa e as pegadas nítidas da leoa só podiam levar a uma conclusão. Tisbe tinha sido morta. E ele deixara o seu amor, aquela terna donzela vir sozinha para um lugar tão perigoso como aquele!...Como não tinha sido o primeiro a protegê-la?
"Fui eu que a matei!"
Levantou do pó espezinhado o que restava da capa e beijando-a mais uma vez levou-a para junto da amoreira.
"Agora vais beber do meu sangue!"
Arrancou a espada e enterrou-a no coração.O sangue em borbotões esparrinhou as bagas, que se tingiram de vermelho-escuro. Entretanto, Tisbe, ainda que aterrorizada pela leoa, receava antes de tudo o mais não conseguir encontrar-se de novo com o seu amado. Resolveu aventurar-se a regressar para junto da árvore.
Viu uma árvore, mas nem uma centelha de brilho branco se divisava nos ramos. Enquanto, perplexa, fitava a planta, notou, estarrecida que alguma coisa se mexia no chão. Começou a recuar, horrorizada. Mas, de repente, espreitando por entre as sombras, teve a certeza de que havia lá uma coisa. Era Piramo, banhado em sangue, prestes a expirar. Voou para ele e enlaçou-o. Beijou-lhe os lábios frios, implorando-lhe que a olhasse, que lhe falasse.
- Sou eu, Tisbe, a tua amada! - exclamava a chorar. Ao ouvir pronunciar o nome dela Piramo entreabiu os olhos para a contemplar pela derradeira vez. Depois a morte fechou-lhe os olhos para sempre.
Tisbe viu a espada que caira da mão dele e ao lado a sua capa manchada e esfarrapada. Foi então que compreendeu o que acontecera.
- A tua mão te matou e o teu amor por mim. Eu também sei ter coragem. Também eu sei amar. Só a morte seria capaz de nos separar e contudo agora deixará de ter esse poder. - Mergulhou no coração a espada ainda húmida do sangue da sua vida.
Os deuses, porém, apiedaram-se dos dois, assim como os pais de ambos. O fruto vermelho-escuro da amoreira é o único testemunho perpétuo desses verdadeiros apaixonados cujas cinzas se encontraram reunidas numa única urna, pois nem a morte conseguiu separá-los.

livro: Dicionário da mitologia grega e romana - Pierre Grimal

FÉ E DEVOÇÃO

Ave, Maria, gratia plena,
Dominus tecum;
benedicta tu in mulieribus,

et benedictus fructus ventris tui, Jesus.
Sancta María, Mater Dei,

ora pro nobis peccatoribus nunc et in hora mortis nostrae.
Amen.



Pater noster, Qui es in caelis, sanctificetur nomem tuum.
Adveniat regnum tuum.
Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra.
Panen nostrum quotidianum da nobis hodie.

Et dimitte nobis debita nostra, sicut et
nos dimittimus debitoribus nostri.
Et ne nos inducas in tentationem:

sed libera nos a malo.
Amen.

EU INTERIOR


LÁGRIMA

Você não me conhece bem
porque eu mesmo tento me descobrir
há um vazio imenso em mim
e muitas vezes não sei existir
são lágrimas contidas,numa alma reprimida
uma alma vazia cheia angústias e indecisão
Meu eu oscila como uma onda
A solidão me assola
A tristeza me consome
A incerteza me interrompe.
A lágrima que insiste em rolar
deseja minh'alma lavar
Mas a angústia persiste no vazio
Não há nada que eu possa fazer
Esse Eu é mais forte que meu querer
Tento não me entregar a solidão
mas são tentativas em vão
Porque na solidão do meu Eu
Não é preciso nada buscar
Então Eu apenas quero estar só
E chorar o que eu não posso mudar

O Grito


Olho para céu estrelado
e sinto você ao meu lado.
São as mesmas estrelas que lhe fazem sonhar
aquelas que me fazem chorar.
Choro seu amor ausentes
eus versos são presentes
que vêm minha dor aplacar.
Seu amor é cura para minha solidão
claridade na escuridão
onde escondido está meu coração.
Perdida estou num caminho que desconheço
Grito seu nome ,como num apelo
Jamais me deixe só.

OLHANDO ESTRELAS




Angel

Quando eu olho as estrelas do céu brilhando.
Eu lembro dos teus lindos olhos me olhando.
Eu sei que se você estivesse vendo
as mesmas estrelas que eu estou vendo.
Você veria as mesmas coisas que eu vejo
que só o amor pode enxergar.
E quando isso acontecer você verá o quanto eu te amo.
E que Sempre irei te amar.


Beijos amore
by Hélio