quarta-feira, 3 de junho de 2009
O DESEJO SEGUNDO SANTO AGOSTINHO
Santo Agostinho SANTO AGOSTINHO apresenta o desejo como uma das quatro principais perturbações da alma, ao lado da alegria, da tristeza e do medo. Para ele, o desejo deixa a alma permanentemente em estado de inquietude, transformando cada pessoa num constante inquieto. Tal ocorre, porque o ser humano nunca se satisfaz plenamente ao realizar seus desejos, continuando a sua existência insatisfeito, a desejar sempre e a não jamais atingir o grau máximo de satisfação. No seu diagnóstico, só há uma solução: a mudança do objeto do desejo. Ao invés do homem desejar bens materiais, perecíveis, deve canalizar o desejo para o Bem supremo e imperecível, ou seja, o Absoluto e Eterno, que se conhece pelo nome de Deus. Esta é a única saída. Lembremo-nos, a este respeito, das suas palavras: “Cor meum inquietum donec requiescat in Te” (Meu coração permanece inquieto até repousar em Ti, ó Deus). Desse modo, para Agostinho, o desejo humano é definido originalmente como desejo de Deus. Desejo este, cujo objeto não é, como no eros platônico, o universal, mas a singularidade absoluta, o Criador do Homem e também daquele mesmo desejo que nele existe e o constitui.
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