SE EU TE PUDESSE DIZER...O QUE NUNCA TE DIREI,TU TERIAS QUE ENTENDER,AQUILO QUE NEM EU SEI.(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

O DESEJO SEGUNDO SANTO AGOSTINHO

"Amar:Ir perder-se de si !Encontrar a Deus."

Santo Agostinho SANTO AGOSTINHO apresenta o desejo como uma das quatro principais perturbações da alma, ao lado da alegria, da tristeza e do medo. Para ele, o desejo deixa a alma permanentemente em estado de inquietude, transformando cada pessoa num constante inquieto. Tal ocorre, porque o ser humano nunca se satisfaz plenamente ao realizar seus desejos, continuando a sua existência insatisfeito, a desejar sempre e a não jamais atingir o grau máximo de satisfação. No seu diagnóstico, só há uma solução: a mudança do objeto do desejo. Ao invés do homem desejar bens materiais, perecíveis, deve canalizar o desejo para o Bem supremo e imperecível, ou seja, o Absoluto e Eterno, que se conhece pelo nome de Deus. Esta é a única saída. Lembremo-nos, a este respeito, das suas palavras: “Cor meum inquietum donec requiescat in Te” (Meu coração permanece inquieto até repousar em Ti, ó Deus). Desse modo, para Agostinho, o desejo humano é definido originalmente como desejo de Deus. Desejo este, cujo objeto não é, como no eros platônico, o universal, mas a singularidade absoluta, o Criador do Homem e também daquele mesmo desejo que nele existe e o constitui.

Nenhum comentário: